A secretaria de Gestão e Negócios Municipais começará o processo de organização da Feira da Sulanca na próxima semana. Segundo o secretário José Carlos Menezes, a meta é que todos os comerciantes que atuam nas ruas Miguel de Sena, Lourival José da Silva, Rui Limeira Rosal e adjacências passem a comercializar seus produtos no terreno que pertencia à antiga Fundac, vendido pelo Governo do Estado na gestão Jarbas/ Mendonça ao empresário Lenílson Torres. Com mais de 130 mil m², a área foi dividida em dois lotes e, em um deles, está construído um supermercado. O restante, cerca de 90 mil m², vai acomodar os sulanqueiros.
Há mais de um ano que a organização da Feira da Sulanca tem sido um dos principais calos do governo Queiroz. Parte dos comerciantes, principalmente os que têm lojas no entorno do Parque, defende a permanência da feira no Centro e a utilização do terreno da extinta Fundac como alternativa aos "invasores" - comerciantes que vendem seus produtos nas ruas e calçadas.
Por outro lado, estão feirantes que defendem a construção de um moderno centro de compras nos mesmos moldes dos que já existem em Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. Mas os comerciantes e o próprio secretário José Carlos Menezes temem que, com a duplicação da BR-104, os compradores deixem de frequentar a cidade. O prefeito, porém, já avisou: "Quem decide se a feira sai ou não do Centro são os feirantes."
Enquanto o dilema se arrasta e alguns levantamentos indicam que cresce a tendência da saída da feira, a prefeitura, atendendo a uma recomendação do Ministério Público, tem prazo para desobstruir as ruas e avenidas, além de ter que reorganizar a Feira de Caruaru, tombada como patrimônio e que pode perder o título devido a descaracterização causada pela invasão dos sulanqueiros e de produtos importados.
Menezes disse que sua intenção é transferir os "invasores" na terceira semana de janeiro, mas o trabalho deve demorar pelo menos mais uma ou duas semanas. "A área é muito grande e só levaremos os comerciantes para lá quando estiver tudo pronto", disse o secretário, referindo-se a uma série de ações que serão tomadas, entre elas o monitoramento de todo o setor, entradas e saídas, além da pavimentação do local.
MEDIDA APROVADA
Para o presidente do Sindicato dos Feirantes do Parque 18 de Maio, José Carlos, a medida vai facilitar a vida de todos os comerciantes. "O único refúgio que temos nesse momento é o terreno da Fundac. Estamos fazendo o cadastro de todos os feirantes e acho que a cidade vai ganhar com isso", disse o líder dos feirantes. Para um futuro próximo, ele defende a retirada da Sulanca do Centro para uma área próxima das BRs 104 e 232. "O centro está muito congestionado. Minha opinião é pela saída da feira para um centro de compras com muito espaço'', completou.
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