13/01/2010

Homenagens irão marcar ano de Joaquim Nabuco

 

Instituído por Lei Federal como Ano Nacional Joaquim Nabuco, o ano de 2010 será marcado por atividades em homenagem ao abolicionista pernambucano. A comissão responsável pela programação comemorativa divulgou ontem eventos que irão pontuar o centenário de morte do pensador político.

A programação apresenta, sobretudo, caráter pedagógico, com realização de seminários, cursos e visitas de estudantes a exposições sobre o intelectual. Entre as ações comemorativas ao Ano Joaquim Nabuco, destaca-se a reabertura do Engenho Massangana,jn-73 espaço onde o pensador passou parte da infância. Tombado em 1984 como Parque Nacional da Abolição, Massangana, que se encontra em reforma, irá funcionar como centro de difusão das ideias do abolicionista. 

“É nossa obrigação divulgar, sobretudo para as novas gerações, a herança intelectual deixada por nomes como Nabuco. Ele se preocupou com a inclusão social, distribuição de terra entre os ex-escravos. Ou seja, com o alcance do padrão de cidadania. O Engenho será um instrumento de propagação dessa obra”, comenta Lucila Bezerra, presidente da comissão do Ano Joaquim Nabuco da Fundação Joaquim Nabuco.

Desde 2009, estão sendo realizadas, no Engenho, obras de restauração da casa grande e da capela de São Mateus. A partir do segundo semestre, o parque passará a funcionar como um centro interpretativo do pensamento de Joaquim Nabuco e de estudos sobre a cultura canavieira e abolição da escravatura. “O que queremos é formar críticos, oferecer condições para que o visitante possa interrelacionar o contexto socioeconômico da época de Nabuco com o atual”, explica Lindene Araújo, coordenadora do projeto de reestruturação do Engenho Massangana.

A Fundaj pretende realizar ainda prospecção arqueológica no sítio de 10 hectares e entorno a fim de identificar resquícios de construções da moita (espaço destinado à produção de açúcar). Conforme Lindene, o restauro demandou um investimento da ordem de R$ 600 mil, captados pela Fundação. Atualmente, os organizadores negociam recursos para demais intervenções.

“A partir de uma prospecção arquitetônica, pretendemos oferecer informações ao público sobre as várias intervenções sofridas pelo Engenho”, adianta Lindene. O principal desafio, contudo, ainda é o estabelecimento de parcerias com entidades públicas e privadas para a viabilização do oferecimento de programação permanente no Engenho.

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