09/08/2011

Preço da cana de açúcar pode aumentar em Pernambuco

O setor sucroenergético analisa a possibilidade de aumentar o preço da cana de açúcar produzida no Estado. A alteração tem relação com a elevação no custo de produção da matéria prima do açúcar e do etanol nas últimas safras. O assunto será abordado na 1ª reunião do Conselho dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool de Pernambuco (Consecana). O encontro acontece hoje (09), a partir das 9h, no Sindicato das Indústrias de Açúcar e Álcool (Sindaçúcar).

De acordo com o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Alexandre Andrade, o custo agrícola aumentou bastante nos últimos anos, enquanto que o industrial diminuiu. Portanto, o dirigente destaca que é injusto manter o mesmo índice na composição do preço da cana, que há bastante tempo é de 60% para a produção do campo e 40% da indústria. “Se o custo da produção da cana é bem maior que os manufaturados, logo, este percentual tem que ser maior”, diz, ressaltando que os 60% não mais representam proporcionalmente o gasto real com a plantação.

A quantidade dos produtores comercializados pelas usinas (Mix) é outro critério que define o preço da cana. O Consecana Pernambuco utiliza cinco produtos para definição do respectivo mix (açúcar mercado interno, açúcar mercado mundial, açúcar da cota americana, etanol anidro e etanol hidratado). Porém, Andrade questiona que é preciso incluir a este mix produtos que têm maior valor agregado, como o açúcar refinado e o açúcar empacotado em fardo.

“Para se ter idéia, Pernambuco é o segundo maior produtor de açúcar refinado do país”, conta, ressaltando que no passado recente, ficou praticamente acertada a efetivação deste produto no mix, mais os industriais voltaram atrás quando perceberam que haveria uma elevação do custo na compra da cana do fornecedor. Entretanto, o dirigente avalia que este ponto precisa de efetiva definição, bem como sobre o açúcar empacotado em fardo. “Cada dia mais as unidades industriais embalam seu açúcar, inclusive, além de sacos de 50Kg, conforme define o mix para açúcar do mercado interno, já estão embalando sacos de até 2kg, 3kg e 5kg, vendidos já pronto para comercialização em supermercados”.

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