A ida da Fiat para Goiana pode representar mais um passo para alavancar o desenvolvimento da Zona da Mata Norte. Entre os últimos investimentos anunciados na região, o maior é a Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP), avaliada em R$ 550 milhões. No Polo Farmacoquímico, só a Hemobrás, que injetará R$ 540 milhões, está em obras. Do lado Sul, levando em consideração apenas Refinaria, Estaleiro e Petroquímica, os números ultrapassam a casa dos R$ 28 bilhões.
Se tudo correr como o Estado planeja, a Mata Norte será um outro polo da economia pernambucana e um centro logístico. Atualmente, duas grandes multinacionais elaboram um estudo de viabilidade para a implantação do projeto pe2 - polo ecologístico, composto por um porto e um aeroporto no Litoral Norte, previstos em uma Parceria Público-Privada (PPP). Se a Fiat poderia distribuir seus automóveis pelo Complexo Industrial Portuário de Suape, terá a chance de aproveitar outro terminal marítimo.
Uma facilitação para a montadora se comunicar com a parte dos investimentos que ficará do lado Sul deve ser o Arco Metropolitano, outra PPP, estimada em R$ 600 milhões. Serão cerca de 100 quilômetros de extensão, ligando Itapissuma a Suape - uma rota de fuga para o tráfego da BR-101. Os estudos de viabilidade têm previsão de conclusão em 90 dias.
Para o secretário de Governo e presidente do Comitê Gestor das PPPs, Maurício Rands. o presídio de Itamaracá foi um dos componentes para a desvalorização gradual da Mata Norte. “Ele deixou uma certa degradação. E o lado Sul tem praias mais atrativas”, opinou. A unidade prisional será desativada e os preços serão enviados para Itaquitinga, onde está sendo erguido um centro de ressocialização, também via PPP.
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