27/10/2010

Estado registra 1º óbito de infectado pela KPC

Vítima estava internada em hospital privado, desde setembro

Por: Raphael Coutinho
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou ontem a primeira morte de uma paciente infectada pela Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), em Pernambuco. A vítima foi uma mulher de 57 anos que estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular, desde o dia 7 de setembro. Este caso se junta a outros cinco já confirmados pela SES até a noite de ontem no Estado, e que estão passando por monitoramento e tratamento específico. A secretaria informou ainda que a paciente faleceu antes que o tratamento recomendado pudesse surtir efeito devido ao pouco tempo entre o diagnóstico e a morte.


A mulher estava internada com síndrome de Cushing (doença causada pelo excesso do hormônio cortisol no sangue), hipertensão crônica e diabetes. No prontuário médico, a causa da morte foi choque séptico e, segundo os especialistas, não é possível definir com precisão a influência da superbactéria na morte, já que o estado de saúde da paciente era muito grave. A SES recomendou a coleta de materiais de pacientes que também estavam na mesma UTI, para a verificação de possíveis novos casos da KPC.


Também ontem, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária encaminhou para 78 hospitais, entre públicos e particulares, um ofício alertando sobre a obrigatoriedade da notificação da superbactéria no estado, obedencendo ao Decreto Estadual nº 20.786/98. Além dos quatro casos confirmados no último dia 22 e da morte de ontem, a Secretaria diagnosticou o caso de uma mulher de 82 anos que está hospitalizada por causa de uma infecção do trato urinário. Ela está isolada na enfermaria de um hospital público, continua em observação e passa bem. Dos seis casos, quatro ocorreram em hospitais privados e dois em unidades públicas. A Secretaria de Saúde não revelou o nome dos hospitais.


ÁLCOOL



O Diário Oficial da União publicou a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que torna obrigatório o uso de álcool (líquido ou gel) para higienização das mãos nas unidades de saúde de todo o país. A medida é considerada pelo órgão a mais importante e de menor custo para a prevenção e o controle das infecções em ambientes hospitalares. 

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