08/03/2010

Data Magna homenageia Revolução Pernambucana

 

revolu Um dos mais importantes movimentos revolucionários que marcou a luta pela emancipação política do Brasil em relação a Portugal, no século XIX, completou, no último sábado, 193 anos. A Revolução Pernambucana de 1817 foi comemorada oficialmente no Estado, ontem, através da Data Magna, promulgada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco e publicada no dia 24 de dezembro de 2007. A homenagem à data veio através de um projeto de Lei de autoria da deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB).

No Palácio do Campo das Princesas, o governador Eduardo Campos acompanhou, no início da manhã de ontem, o hasteamento das bandeiras do Brasil e de Pernambuco. O aniversário do movimento também foi comemorado no Cinema São Luiz, no bairro da Boa Vista, com uma solenidade envolvendo autoridades do poder legislativo e executivo estadual, além de membros da maçonaria. Na ocasião, foi apresentado um concerto da Orquestra Jovem do Conservatório Pernambucano de Música.

Na entrada do Cinema São Luiz, o Maracatu Nação Pernambuco fez muito barulho para registrar a importante data para os pernambucanos. Apesar das homenagens, Eduardo Campos lembrou que a Revolução Pernambucana de 1817 foi esquecida pela história do Brasil. “Quando o movimento fez 100 anos virou data nacional. Depois disso ficou apagado. Acredito que por causa da ideologia de liberdade, que ainda hoje é uma luta das pessoas, fez com que essa revolução fosse negada pela história do País”, comentou o governador.

O grão-mestre da maçonaria, Antônio do Carmo, ressaltou que a associação luta para buscar o reconhecimento da Data Magna nacionalmente. “Estamos dispostos a lutar por esse sentimento. Queremos que a história do Brasil inclua a revolução em suas páginas como ela merece. Muitos heróis pernambucanos morreram ao assumirem seus ideia de liberdade”, declarou.

REVOLUÇÃO

A chamada Revolução Pernambucana de 1817, também conhecida como Revolução dos Padres, eclodiu em 6 de março 1817 na então Província de Pernambuco. Dentre as suas causas destacam-se a crise econômica regional, o absolutismo monárquico português e a influência das ideias Iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas.

Em 29 de março foi convocada uma assembleia constituinte com representantes eleitos em todas as comarcas, foi estabelecida a separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário; o catolicismo foi mantido como religião oficial, porém havia liberdade de culto, foi proclamada a liberdade de imprensa; a escravidão, entretanto, foi mantida.

À medida que o calor das discussões e da revolta contra a opressão portuguesa aumentava, crescia, também, o sentimento de patriotismo. Porém as tentativas de obter apoio das províncias vizinhas fracassaram e os revolucionários foram derrotados.

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