Capoeiristas pedem apoio da Prefeitura Municipal

 

Uma das atrações da Praça Calombi aos sábados à noite é a roda de capoeira, comandada pelo mestre joãoalfredense Edson Alves da Silva – “Din da Capoeira”, contando com a participação de dezenas de alunos com idade a partir de 6 anos.

A turma está com inscrições abertas para as aulas de capoeira estilo “capitães de areia” que serão ministradas pelo Mestre Din. As aulas são direcionadas para pessoas a partir de 6 anos e já foram iniciadas no Clube Municipal, mas com os constantes impedimentos impostos pelo responsável, o professor resolveu transferi-las para a praça.

As aulas proporcionam às crianças, jovens e adultos uma integração, induzindo conhecimento sobre uma arte genuinamente brasileira, oriunda de valores culturais afro-brasileiros, levando aos adeptos dessa cultura desportiva condicionamento físico, conhecimento cultural e controle emocional.

A capoeira é música, poesia, festa, diversão e uma forma de luta, um fenômeno nacional, sendo a expressão de uma síntese de gestos e movimentos que caracterizam a herança cultural afro-brasileira, que teve início no período da escravidão, nas lutas de libertação dos negros e ao sofrimento e aspirações de um povo, desde o descobrimento do Brasil.

“A capoeira, além de esporte é cultura, é filosofia de vida para muitos, ensinando a quem pratica a respeitar a história de um povo que ajudou a construir a história do Brasil”, explica o Mestre Din.

“Aprender capoeira não é aprender a brigar, mas sim aprender a história de um povo que se expressou em movimentos físicos pela necessidade de liberdade: A liberdade de ser gente”. Finaliza Din.

Edson Alves de Brito, conhecido como “Mestre Din”, iniciou a prática de capoeira em 1999 nas escolinhas existentes em João Alfredo, buscando depois aperfeiçoamento em cidades circunvizinhas.

“Há anos estamos tentando uma oportunidade da parte da Prefeitura, para que os nossos jovens tenham uma escolinha organizada. No ano passado, conseguimos um espaço no Clube Municipal, aos domingos pela manhã. Mas recentemente o Lili avisou que não dá mais, pois sempre acontecem bailes nas vésperas. Desta forma, fomos obrigados a praticar capoeira na praça. Pedimos ao prefeito Severino Cavalcanti e a secretária Olga que nos ajudem, com espaço e pequeno apoio financeiro para nossas atividades.” Frisou Din.