10/02/2010

Jarbas volta à carga contra o presidente

 

Em seu primeiro pronunciamento desde a volta do recesso - na semana passada - o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) usou a tribuna, ontem, para investir contra o presidente Lula (PT). Para começar, disse que o petista faz lembrar o slogan do ex-governador de São Paulo, Ademar de Barros: “Rouba, mas faz”. E relacionou a Jarbas Vasconcelos citação à questão do Tribunal de Contas da União (TCU), cujos embargos a obras superfaturadas foram anulados a mando do presidente. “Então, é preciso pegar o dinheiro para poder fazer, mesmo o Tribunal de Contas dizendo que está superfaturado”, alfinetou. Em seguida, voltou-se para a Justiça, que, em sua visão, estaria “de joelho, de cócoras, a toda hora, a todo instante, diante do comando do presidente Lula”. Para o senador, “várias e várias vezes”, o petista tem levado o Judiciário “ao ridículo”.

O arsenal de críticas chega 12 dias depois de Lula sugerir ao governador Eduardo Campos (PSB), em solo pernambucano, que colocasse a “tropa na rua” que ele engrossaria as fileiras - num sinal de que não medirá esforços para derrotar o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), caso este seja candidato ao Governo de Pernambuco. À época, Jarbas evitou responder o recado, alegando que seu nome não fora citado. Com a postura, dá mostras de que não recuará se provocado.

Defensor do projeto presidencial do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), o peemedebista seguiu fazendo uma retrospectiva dos feitos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), de quem, dizem os governistas, o gestor paulista seria a continuidade. “O Presidente Lula, quando assumiu em 2003, assumiu um país equilibrado em que, com muita força e determinação, os presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso combateram e venceram o processo inflacionário (...) O País passou a ter uma moeda forte, que é o Real. Aliás, Lula e o PT votaram contra o Plano Real. Depois, o Proer conseguiu sanear os bancos privados e públicos, que também foi ameaçado, nesta Casa e na outra, a Câmara dos Deputados, pelo PT e por Lula, que votaram contra. Por fim, a Lei de Responsabilidade Fiscal recebeu também o combate do Presidente da República”, recordou Jarbas.

SILICONE

As palavras foram proferidas em aparte a pronunciamento do senador Tasso Jereissatti (PSDB/CE). Tasso deu sequência à estratégia tucana de chamar a candidata do presidente Lula, Dilma Rousseff (PT), para briga. E tachou-a de “liderança de silicone” por ser “bonita por fora, mas falsa por dentro”. O debate durou duas horas e contou com a participação de 11 senadores.

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