Pernambuco recebeu 800 mil pessoas, entre turistas (350 mil) e excursionistas (450 mil), no Carnaval 2010. A folia de Momo contou com 40 mil pessoas a mais em relação ao ano passado, quando o Estado recebeu 760 mil visitantes. A receita deixada nos 12 dias de festa ficou em torno dos R$ 370 milhões.
Em 2009, este valor chegou R$ 360 milhões. Os números foram apresentados, ontem, em entrevista coletiva com a presença de representantes da Secretaria Estadual de Turismo e Fundarpe. Para chegar a estas estimativas, a Unidade de Gestão da Informação da Empetur realizou uma pesquisa, aplicada durante os dias de Carnaval e após a festa.
Foram aplicados 1.253 questionários na Região Metropolitana, 330 em Bezerros e 330 em Nazaré da Mata. Além da enquete presencial, a Empetur também fez um levantamento em toda a rede hoteleira pernambucana pelo telefone. A metodologia utilizada é aceita pela Organização Mundial do Turismo e leva em consideração dados coletados nas duas sondagens para projetar os números globais.
“Temos dados importantes revelados nesta pesquisa, que vão ajudar a nortear as políticas públicas para os próximos carnavais. Também a partir das respostas podemos saber onde acertamos e o que temos para melhorar”, afirmou o secretário de Turismo, Paulo Câmara.
A média estadual de ocupação hoteleira foi de 97%, sendo que a RMR registrou índice de 99% entre o Sábado de Zé Pereira e a Quarta-Feira de Cinzas. A pesquisa revelou que 92% dos turistas que estiveram em Pernambuco ficaram hospedados no Grande Recife. O Gasto Médio Individual Diário no Estado foi de R$ 111,00. Vale ressaltar que os turistas hospedados em hotel tiveram um gasto superior a R$ 195,00. A permanência média foi de 7,73 dias.
O Carnaval de Pernambuco deixou uma boa impressão a quem veio ao Estado, tanto que 96,14% dos entrevistados disseram que recomendariam a folia momesca a amigos e parentes. Os atrativos turísticos e a hospitalidade do povo pernambucano tiveram 92% de aprovação dos visitantes. A festa também foi considerada segura por 76% das pessoas ouvidas. A programação artística e as apresentações de grupos folclóricos foram aprovadas por mais de 90%. Como resumo geral, o Carnaval pernambucano foi aprovado por 95,36% das pessoas que vieram ao Estado.
“O desejo de voltar e a aprovação dos turistas e excursionistas são fatores de extrema importância para qualquer destino. Em Pernambuco tivemos altos índices de satisfação, o que merece ser comemorado, mas precisamos avançar ainda mais para outros grandes eventos, como Semana Santa e São João”, comentou o secretário Paulo Câmara.
Riqueza cultural - Com tema “Um Carnaval que vale por muitos”, a folia movimentou o Estado do cais ao sertão. Foram 593 atrações, divididas em shows e apresentações de grupos de cultura popular, entre orquestras de frevo, troças, blocos, clubes carnavalescos e agremiações diversas. Parte das atrações foi selecionada por meio de propostas analisadas por duas comissões julgadoras.
Nos 15 polos do Interior, o Carnaval se consolidou com a qualidade das manifestações culturais, incluindo cortejos de cultura popular e shows de atrações locais e nacionais. A média de público atingiu cerca de 400 mil foliões por dia. No tradicional domingo dos papangus, em Bezerros, por exemplo, a cidade recebeu cerca de 600 mil pessoas, segundo dados da Polícia Militar. O Governo do Estado também promoveu durante a semana pré-carnavalesca o polo do Fortim do Queijo, em Olinda, atingindo uma média de 8 mil pessoas por dia, e da Casa da Cultura, no Recife, que registrou média de 250 pessoas diariamente.
Investimentos - Em 2010, o Governo do Estado promoveu cortejos de grupos tradicionais e shows em 17 polos, além de apoiar financeiramente festividades em dezenas de municípios. Ao todo, foram investidos R$ 16 milhões na programação artística de todo o Estado. Além disso, o Carnaval de Pernambuco também investiu em recursos humanos: 38 mil pessoas estiveram, direta e indiretamente, envolvidas no trabalho para garantir atrativos e infraestrutura aos foliões.
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