04/01/2010

Governo do Estado de Pernambuco divulga três novos Patrimônios Vivos

Maestro Nunes, o Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú e o Clube Indígena Canindcanideé são os três novos Patrimônios Vivos de Pernambuco. Os nomes foram divulgados nesta quarta-feira (30/12) pelo Governo do Estado.
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O Maracatu Estrela Brilhante de Igarassú é o mais antigo do Brasil em atividade, e suas origens estão ligadas à Ilha de Itamaracá. O Clube Indígena Canindé é o caboclinho mais antigo do Estado, fundado em 1897 no Recife e contando com 112 anos de trajetória. José Nunes de Souza, o Maestro Nunes, nasceu em Vicência e compôs mais de três mil frevos, entre eles, Cabelo de Fogo, um dos mais famosos.
A cada ano, a Fundarpe concede o título a três personalidades pernambucanas (físicas ou jurídicas) que contribuam no fomento à cultura popular e tradicional há pelo menos 20 Maestro Nunesanos. Agora, Pernambuco conta com 21 patrimônios vivos em atividade. A lista completa pode ser conferida a partir do Portal Pernambuco Nação Cultural.

Instituída em 2002, a Lei do Patrimônio Vivo tem o objetivo de reconhecer e valorizar as manifestações populares e tradicionais da cultura pernambucana, bem como garantir que mestres e grupos repassem seus conhecimentos às novas gerações de aprendizes. A Lei institui, no âmbito da administração estadual, o Registro do Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco. Aqueles que forem selecionados pelo conselho estadual de Cultura serão registrados pela Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco e terão como responsabilidade firmar um compromisso com a salvaguarda das manifestações das quais são representantes.
 
O principal trunfo da Lei de Patrimônio Vivo é que se reconhece ainda em vida o trabalho dos mestres e grupos culturais da terra na construção de um patrimônio cultural. A Lei prevê a concessão de bolsas vitalícias no valor de R$ 750,00 mensais para pessoas físicas e R$1.500,00 mensais para grupos culturais como incentivo do Governo de Pernambuco à realização e perpetuação de suas atividades. Além disso, os registrados na Lei do Patrimônio Vivo assumem a missão de transmitir os seus saberes e fazeres a aprendizes em eventos ou em programas de ensino e aprendizagem promovidos pela Fundarpe. O objetivo é manter e preservar as expressões da cultura popular e tradicional pernambucana.

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