27/10/2009

Chapéu de Palha mudou a vida de 3 mil mulheres da Zona da Mata

O programa Chapéu de Palha Mulher 2009 chegou ao fim contemplando três mil moradoras da Zona da Mata de Pernambuco. O governador Eduardo Campos participou - ao lado da primeira dama Renata Campos, e da secretária da Mulher, Cristina Buarque - da solenidade de encerramento, na tarde desta segunda-feira (24/10), no Centro de Convenções.


“Com certeza é motivo de alegria a gente poder estar concluindo mais um ciclo do Chapéu de Palha e vendo que estamos avançando. Muito temos para fazer, mas estamos avançando no sentido de consolidar no Estado uma política pública para a questão de gênero, e do grande desafio dos desequilíbrios sociais e regionais que vivemos”, disse Eduardo, apaludidíssimo pelas mais de mil mulheres presentes.

Em sua versão 2009, o Chapéu de Palha Mulher recebeu investimentos de mais de R$ 2,37 milhões na bolsa-auxílio e em cursos de qualificação para pernambucanas de 53 municípios da Zona da Mata. Além delas, 5.400 sertanejas ligadas à fruticultura irrigada também participaram do programa. Cada família recebeu o auxílio de R$ 232,50 entre julho e outubro, e cada mulher pôde participar dos diversos cursos profissionalizantes oferecidos, uma parceria com o Senai e Senac. 

Para Eduardo Campos, “o Chapéu de Palha é um símbolo dentro de tantas outras políticas construídas pela Secretaria da Mulher. Porque ele vai ao encontro de um conjunto de companheiras das mais sofridas, marcadas pela desigualdade, pela falta de perspectiva de muitas cidades, pelo latifúndio da cana que, durante quase 400 anos, desequilibrou e gerou muita desigualdade nessa nossa Zona da Mata”.

Cerca de 1500 trabalhadoras optaram pelo curso de Políticas Públicas para Mulheres Rurais, 200 fizeram o curso de desenvolvimento pessoal e outras 1.300 escolheram as aulas de cursos profissionalizantes como de pedreira, jardinagem, informática e outros.  “Nunca houve nenhum programa no Brasil que trabalhasse diretamente com as mulheres rurais. Estamos construindo uma outra dinâmica, uma outra vida para nós mulheres”, afirmou Cristina Buarque. 
Moradora de Nazaré da Mata, Marluce Oliveira Santos, 49, estava feliz por ter feito o curso Políticas Públicas para Mulheres Rurais. “Foi muito importante para eu aprender meus direitos”, disse Marluce, mãe de quatro filhos. “Antes do Chapéu de Palha era muito difícil (o período da entressafra). Tínhamos que tentar ganhar a vida na cozinha dos outros, como domésticas. Agora fico em casa cuidando de minha família”, comemorou.

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